O que é que o seu homeopata precisa de saber sobre si? Aprenda a explicar-se.
Quando fazemos a anamnese na consulta, ou seja, a história clínica da pessoa, quais são as suas queixas, que problemas de saúde é que já teve, quais são os seus gostos a nível do clima, gosta mais de calor, mais de frio, se dorme melhor sob o lado direito ou sob o lado esquerdo, aversões, desejos, etc., as pessoas ficam muitas vezes sem saberem como responder, porque não estão habituadas a este tipo de perguntas, e o mais difícil é ter respostas espontâneas, por ex: gosta mais de doces ou de salgados? Aqui a pessoa fica a pensar que os açúcares fazem mal e como se controla, diz, ‘prefiro os salgados’. Mas isto não corresponde à verdade e como tal induz-nos em erro.
A correcta informação em homeopatia pode fazer a diferença entre o medicamento correcto e o medicamento próximo, entre o rápido alívio dos sintomas, ou uma muito ligeira melhoria, por vezes nenhuma melhoria. E como as pessoas já estão cansadas de estarem mal, muitas vezes já não dão segunda oportunidade à homeopatia, e então dizem ‘não funciona, pelo menos comigo’.
Quando resolverem experimentar a homeopatia, não se surpreendam com o tipo de perguntas e tentem responder tão naturalmente quanto possível. Ninguém vos está a julgar, e o sigilo é garantido. Para terem uma ideia das diferenças subtis entre os medicamentos, por ex: se a pessoa sente-se muito melhor ao ar livre, tanto pode ser do tipo Pulsatilla como de Bryonia, mas as personalidades destes dois medicamentos são opostas. A Pulsatila é muito sensível, chora com muita facilidade, gosta de estar em companhia, de ser consolada. A Bryonia alba é irritada, tem aversão a companhia, prefere estar só.
E claro, muitas outras diferenças, por isso os pormenores são muito importantes ajudam o homeopata a diferenciar o medicamento e a eleger o mais semelhante ao quadro da doença apresentado pelo paciente, que é único, pessoal e inconfundível.